A rede Ipiranga, com aproximadamente 6 mil postos de combustíveis em todo o Brasil, reportou um crescimento de 8% em seu volume de vendas no terceiro trimestre de 2025. No entanto, segundo Leonardo Linden, CEO da empresa, a sonegação e a concorrência desleal têm impactado negativamente tanto o faturamento quanto a capacidade de expansão do número de postos. Recentemente, operações como Carbono Oculto e Poço de Lobato revelaram um extenso esquema de fraude tributária, que inclui a Refinaria de Manguinhos, responsável por mais de R$ 24 bilhões em impostos sonegados.
Linden expressa sua indignação ao mencionar um estudo da Fundação Getúlio Vargas que aponta uma sonegação de R$ 30 bilhões no setor. Ele acredita que, sem a presença do crime organizado e as irregularidades associadas, a Ipiranga poderia abrir entre 700 novos postos anualmente, em vez dos 300 a 350 que consegue atualmente. O executivo ressalta a importância da aprovação de projetos que melhorem as condições de concorrência e a necessidade de fiscalização contínua para combater as práticas ilegais.
Para Linden, as recentes operações são um passo positivo, mas insuficientes para erradicar a influência do crime organizado no setor de combustíveis. Ele enfatiza que, embora tenha havido avanços, é crucial atacar as causas profundas do problema, como a falta de regulação na mistura de biodiesel no diesel. O CEO da Ipiranga destaca a urgência de soluções definitivas para garantir um ambiente de negócios mais justo e competitivo.


