Decisões recentes em casos de violência contra a mulher no Brasil têm gerado discussões sobre a baixa presença feminina no Judiciário. Atualmente, apenas 38% dos juízes são mulheres, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça. A falta de representação feminina em posições de destaque levanta questões sobre como o sistema judicial lida com casos de agressão e feminicídio.
A cultura institucional masculina e critérios de promoção que não consideram interrupções de carreira contribuem para essa disparidade. Casos como o do influenciador preso por agressão, que foi liberado por um juiz, expõem a fragilidade do sistema e a necessidade de um olhar mais atento às questões de gênero. Especialistas apontam que a presença de mulheres nos tribunais pode levar a decisões mais rigorosas em crimes relacionados à violência de gênero.
As mudanças no Judiciário, impulsionadas pela presença feminina, são essenciais para uma resposta mais eficaz à violência contra a mulher. A implementação de protocolos claros e a capacitação contínua são fundamentais para garantir que as decisões judiciais sejam justas e sensíveis. O reconhecimento do impacto do gênero nas decisões judiciais pode ajudar a construir um sistema mais equitativo e eficaz no combate à violência de gênero.


