As recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a comunidade somali em Minnesota, provocaram um aumento significativo de tensões locais. Em uma reunião de gabinete, realizada no dia 2, o mandatário se referiu aos imigrantes somalis como ‘lixo’. Essa declaração, combinada com uma campanha de deportação em andamento, tem levado muitos somalis a se esconderem e a viver em estado de alerta na região metropolitana de Minneapolis-Saint Paul.
A comunidade somali, que conta com cerca de 84 mil pessoas, tem enfrentado um clima de medo exacerbado pela presença intensificada de agentes do ICE. A proprietária de um salão de beleza na área, que se identificou como Ifrah Farah, expressou seu temor e a tristeza pela situação. Além disso, muitos comerciantes no Karmel Mall, um importante ponto de encontro da comunidade, relataram perdas significativas em seus negócios devido ao receio generalizado de deportações e perfilamento racial.
As declarações de Trump e o aumento das operações do ICE têm gerado críticas de líderes locais, que afirmam que essas ações não contribuem para a segurança pública. O prefeito de St. Paul, Melvin Carter, criticou as operações do ICE, enquanto defensores dos direitos dos imigrantes argumentam que o presidente está usando investigações de fraude como justificativa para atacar a comunidade somali em geral. As tensões atuais destacam a fragilidade da situação dos imigrantes e o impacto de discursos políticos na vida cotidiana de comunidades vulneráveis.