Dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 54,6% dos moradores de favelas e comunidades urbanas no Brasil residem em trechos de vias sem bueiros ou bocas de lobo. Essa realidade afeta 16,3 milhões de pessoas em todo o país, revelando a precariedade das condições de infraestrutura em 12.348 favelas, a maioria situada na região Sudeste, como Paraisópolis e Rocinha.
O levantamento também aponta que 96% dos moradores enfrentam obstáculos nas calçadas, e apenas 5,2% têm acesso a pontos de ônibus ou vans. Apesar de 91,1% dos residentes viverem em áreas com iluminação pública, a falta de pavimentação e acessibilidade é alarmante, com 21,7% das vias nas favelas sem pavimento e 19,2% acessíveis somente por moto, bicicleta ou a pé.
As implicações desse cenário são significativas, exigindo uma resposta contundente das autoridades para melhorar a infraestrutura urbana nas favelas. A escassez de serviços básicos e a dificuldade de mobilidade ressaltam a urgência de políticas públicas voltadas para a inclusão e melhoria das condições de vida nessas comunidades. A análise dos dados do Censo evidencia a necessidade de um compromisso governamental com a urbanização e a equidade social.


