Em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, realizada em 4 de dezembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a empresários que apoiem o governo na extinção da escala de trabalho 6×1. Lula justificou sua proposta citando a medida recente aprovada pela presidente do México, Cláudia Sheinbaum, que implementou uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, ressaltando que a mudança é necessária para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no Brasil.
O presidente destacou que, apesar dos avanços tecnológicos nas fábricas, a jornada de trabalho continua a mesma de décadas atrás, exemplificando sua experiência na Volkswagen. Ele questionou por que não se reduziu a carga horária de trabalho com o aumento da produtividade e os ganhos das empresas. A proposta de Lula se insere em um debate mais amplo sobre as condições de trabalho, que voltou à tona com a apresentação de um parecer na câmara que, embora proponha a redução da jornada, mantém a estrutura atual de seis dias de trabalho.
As implicações dessa discussão são significativas, pois refletem uma preocupação com a qualidade de vida dos trabalhadores e a necessidade de adaptação das leis trabalhistas às novas realidades econômicas. A pressão do governo para reformar a jornada de trabalho pode provocar um reexame das práticas laborais no Brasil, no entanto, a resistência de alguns setores pode dificultar a implementação de mudanças significativas. Assim, a interação entre o governo e os empresários será crucial para o avanço dessa pauta.


