Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 19,1% dos moradores de favelas no Brasil residem em vias que não permitem a passagem de veículos, um dado alarmante que foi divulgado em 5 de dezembro de 2025. A pesquisa, parte do Censo 2022, indica que apenas 62% dos habitantes de comunidades têm acesso a ruas que podem suportar ônibus e caminhões, em comparação a 93,4% da população fora dessas áreas.
Essa situação destaca a exclusão histórica vivida pelas comunidades de favelas, onde 38% dos moradores enfrentam dificuldades para acessar serviços essenciais como coleta de lixo. O chefe do Setor de Pesquisas Territoriais do IBGE, Filipe Borsani, ressalta que a falta de infraestrutura compromete o acesso a serviços públicos e aumenta a vulnerabilidade social das populações. Outro dado preocupante é a presença de calçadas e rampas, que são significativamente inferiores nas favelas em comparação às áreas urbanas mais privilegiadas.
Os dados do IBGE não apenas expõem as condições de vida nas favelas, mas também fornecem uma base para futuras reivindicações por melhorias. Especialistas acreditam que esses dados podem ser usados como instrumentos de pressão por parte das comunidades e organizações locais, visando garantir um acesso melhor e mais igualitário aos serviços públicos. A pesquisa evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que atendam às demandas das populações marginalizadas no Brasil.


