Na última quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, o Banco Central do Brasil decidiu não seguir com a regulamentação do Pix Parcelado, durante uma reunião do Fórum Pix em Brasília. Essa modalidade permite que os consumidores parcelem pagamentos instantâneos, mas com a condição de arcar com juros, o que levanta preocupações sobre sua transparência e segurança. A autarquia também proibiu o uso do nome ‘Pix Parcelado’, mas outros termos semelhantes ainda poderão ser utilizados pelas instituições financeiras.
A decisão do Banco Central ocorre em meio a críticas de especialistas e entidades de defesa do consumidor, como o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec). Esta organização qualifica como “inaceitável” a falta de regras claras, argumentando que a ausência de padronização no setor pode resultar em um ambiente propício para abusos e superendividamento. Mesmo com a proibição do nome específico, muitos temem que os consumidores continuem expostos a produtos de crédito pouco transparentes, sem informações adequadas sobre juros e condições de pagamento.
A falta de regulamentação pode ter sérias implicações para o mercado de crédito no Brasil, especialmente em um cenário já marcado pelo superendividamento. O Idec alerta que a ausência de diretrizes claras pode induzir os consumidores a decisões financeiras impulsivas, ao confundir pagamentos com crédito. Em resposta a essa situação, a entidade promete continuar pressionando por uma legislação que assegure maior transparência e proteção aos usuários.


