Américo Monte Júnior, presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, não respondeu à maioria das perguntas feitas durante a CPMI do INSS, realizada no dia 4 de dezembro. Ele apenas confirmou sua relação de parentesco com o presidente da associação investigada e o uso de um habeas corpus que permitiu seu silêncio. O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar, destacou que Monte Júnior se tornou multimilionário em quatro anos, levantando suspeitas sobre a legalidade de sua fortuna.
O deputado Gaspar apresentou dados que sugerem que Monte Júnior poderia ter se beneficiado de fraudes, com a Amar Brasil e outras entidades ligadas a ele recebendo mais de R$ 700 milhões. Ele afirmou que as associações podem ter sido criadas para facilitar a realização de descontos fraudulentos em benefícios de aposentados. Além disso, outros parlamentares expressaram preocupação com a falta de transparência e as movimentações financeiras da entidade.
Carlos Viana, presidente da CPMI, criticou a concessão de habeas corpus aos convocados, afirmando que isso gera um desequilíbrio entre os poderes. Ele enfatizou a importância da investigação, que não se limita a aspectos jurídicos, mas busca restaurar a confiança na relação entre o Estado e a população, especialmente os idosos que têm sido vítimas de fraudes. A CPMI continua a investigar as denúncias e busca respostas sobre a atuação de Monte Júnior e suas associações.


