O Brasil se depara com uma crise significativa relacionada à privacidade, intensificada pela rápida evolução tecnológica e o uso crescente de redes sociais. A falta de uma legislação específica para proteger os indivíduos contra invasões à sua privacidade torna o cenário ainda mais alarmante, especialmente quando comparado a legislações mais avançadas de países como os Estados Unidos. Sem um delito autônomo, empresas e governos operam sem limites claros, expondo cidadãos a abusos constantes.
A insuficiência das normas atuais gera um ambiente propício para violações, onde a privacidade é tratada como um luxo em vez de um direito fundamental. Casos emblemáticos na história demonstram a importância de proteger a dignidade individual, mas a legislação brasileira ainda se encontra defasada, incapaz de acompanhar as novas dinâmicas da era digital. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um passo positivo, mas suas limitações não cobrem a complexidade dos desafios contemporâneos.
A urgência de definir um delito de privacidade no Brasil é evidente, pois a ausência dessa proteção legal aprofunda desigualdades e permite a manipulação da identidade dos cidadãos. A criação de uma legislação robusta é crucial para restaurar a autonomia e a liberdade, fundamentais para uma democracia saudável. Sem isso, a erosão da privacidade continuará a ameaçar a integridade dos indivíduos e a estrutura da vida pública.


