Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 19,1% dos 3,1 milhões de moradores de favelas no Brasil não têm acesso a vias adequadas para serviços essenciais, como ambulâncias e caminhões de lixo. Os dados foram divulgados em 5 de dezembro de 2025, e mostram que, enquanto apenas 1,4% da população fora das favelas enfrenta limitações semelhantes, a maioria das ruas nas favelas não suporta tráfego de veículos maiores.
A pesquisa também destaca que 38% dos moradores de favelas afirmam que a condição das vias impede o acesso a serviços públicos. Além disso, apenas 62% dos moradores de favelas residem em ruas que podem receber caminhões, enquanto fora delas, esse percentual é de 93,4%. A situação é ainda mais crítica na maior favela do Brasil, a Rocinha, onde a infraestrutura é precária e a presença de calçadas é alarmantemente baixa.
Com esses dados, especialistas como Filipe Borsani, do IBGE, enfatizam a necessidade de ações governamentais para mitigar essa exclusão histórica. As informações podem servir como base para reivindicações de melhorias nas condições de vida nas favelas, destacando a importância de um planejamento urbano mais inclusivo e eficaz para o desenvolvimento das comunidades carentes.