Cerca de cinco países, entre eles emissoras da Espanha, Irlanda, Holanda e Eslovênia, planejam boicotar o Eurovision Song Contest 2026 devido à decisão de permitir a participação de Israel. O diretor do evento, Martin Green, destacou que a competição deve permanecer apolítica, ressaltando que não são os governos, mas sim as emissoras de serviço público e os artistas que participam da competição. A Islândia, por sua vez, está avaliando sua posição e deve anunciar sua decisão em 10 de dezembro.
A oposição à guerra em Gaza tem gerado crescente pressão para que Israel seja excluído do concurso anual. No passado, surgiram suspeitas sobre a manipulação do sistema de votação para favorecer Israel, o que intensificou o debate sobre a participação do país no evento. Martin Green mencionou que espera que as emissoras que decidiram se retirar retornem em 2027, reforçando a importância de manter a neutralidade no evento.
O Eurovision Song Contest, organizado anualmente pela União Europeia de Radiodifusão, é um dos eventos não esportivos mais assistidos do mundo, com audiências que superam 160 milhões de espectadores. A discussão em torno da participação de Israel e o possível boicote refletem a interseção entre cultura e política, levantando questões sobre a utilização de plataformas artísticas em contextos de tensão geopolítica. O resultado dessas deliberações pode impactar significativamente a dinâmica do concurso nos próximos anos.