No dia 5 de dezembro de 2025, o CEO de tecnologia Michael Dell e sua esposa anunciaram um investimento de US$ 6,25 bilhões para implementar as “Trump Accounts”, um novo modelo de poupança que visa beneficiar recém-nascidos. O objetivo é que cada criança tenha um saldo inicial de US$ 1.000, com a intenção de ajudar as famílias a formarem um patrimônio ao longo do tempo. No entanto, especialistas apontam que essa iniciativa pode favorecer desproporcionalmente as famílias mais abastadas, exacerbando a desigualdade social.
O programa, embora aberto a todos, tende a beneficiar de forma desproporcional aqueles que podem fazer contribuições anuais significativas, que podem aumentar exponencialmente o saldo das contas. Para famílias de baixa renda, que podem apenas contar com o depósito inicial, o crescimento financeiro é modesto e insuficiente para transformações significativas. Os dados da Casa Branca reforçam essa discrepância, mostrando que enquanto famílias ricas podem ver saldos de até US$ 303.757, as de menor renda mal alcançam US$ 5.839 até os 18 anos.
Apesar das críticas, as “Trump Accounts” representam um avanço na discussão sobre como ajudar os jovens a construírem riqueza desde cedo. É crucial que políticas futuras inclinem-se para apoiar igualmente as famílias menos favorecidas, garantindo que todos tenham acesso a oportunidades financeiras. A criação de um programa de poupança infantil deve ser uma ferramenta para reduzir as desigualdades, não para acentuá-las, promovendo um futuro econômico mais justo para a próxima geração.