No dia 5 de dezembro, investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor PCE referente a setembro, fundamental para o futuro da política monetária nos Estados Unidos. O atraso na divulgação, causado por uma paralisação do governo, intensificou as expectativas em torno deste indicador, que deve revelar a pressão inflacionária no país. A previsão é de que o núcleo do PCE indique uma alta de 2,9% em 12 meses, um número que se mantém acima da meta estabelecida pelo Federal Reserve.
O contexto atual sugere que a inflação, embora acima da meta, pode estar desacelerando, o que poderia indicar o fim do ciclo de aumentos nas taxas de juros. A próxima reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), marcada para os dias 9 e 10 de dezembro, pode resultar em um corte de 0,25 ponto percentual. Essa possível redução nas taxas de juros é vista como um sinal de flexibilização da política monetária, impactando diretamente o custo do crédito e a atratividade dos ativos de risco.
Se os dados de inflação saírem em linha com as expectativas, isso pode estimular um otimismo no mercado, levando a um aumento na busca por investimentos de maior risco. Por outro lado, uma inflação acima do esperado pode desestabilizar essa tendência, pressionando as taxas e alterando a dinâmica dos fluxos de capital global. Assim, a divulgação do PCE se torna um divisor de águas crucial para os investidores e para a economia mundial.