O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que qualquer apoio financeiro aos Correios será analisado somente após a aprovação de um plano de recuperação ou reestruturação da empresa. O governo busca evitar a liberação de recursos antes de obter um diagnóstico completo e de implementar medidas formais para reverter a atual situação financeira. A equipe da Fazenda está dedicada ao tema e seguirá avaliando alternativas nos próximos meses.
Os Correios enfrentam um prejuízo significativo de 6,05 bilhões de reais entre janeiro e setembro, causado por uma combinação de perda de competitividade, aumento de despesas, derrotas judiciais e problemas de gestão. Haddad enfatizou que não haverá aporte financeiro sem a aprovação do plano de recuperação, incluindo empréstimos ou garantias. Recentemente, o Tesouro negou um pedido dos Correios por um empréstimo de 20 bilhões de reais, citando a alta dos juros como um fator limitante.
O ministro ressaltou que a possibilidade de injeção de recursos federais está em discussão, mas qualquer decisão será tomada em conformidade com as regras fiscais. Haddad mencionou a inclusão de 10 bilhões de reais fora da meta fiscal das estatais na LDO de 2026 como uma medida preventiva, abrindo margem para um eventual aporte. A situação dos Correios continua a ser monitorada, com o governo atento às variáveis que influenciam essa decisão.


