O longa-metragem ‘Cyclone’, dirigido por Flávia Castro, traz à tona a história de Maria de Lourdes Castro Pontes, conhecida como Miss Cyclone, que foi a única mulher a participar do diário coletivo de Oswald de Andrade em São Paulo. A atriz Luiza Mariani, que se envolveu com a narrativa há duas décadas, atua e produz o filme, que já foi exibido em festivais internacionais, incluindo os de Xangai e Munique, antes de sua estreia nos cinemas brasileiros.
A trama destaca a vida intensa e trágica de Cyclone, que morreu aos 19 anos em decorrência de um aborto clandestino. O filme retrata a busca de Daisy por reconhecimento como dramaturga, enquanto explora a cidade de São Paulo como uma personagem importante ao fundo. A narrativa é enriquecida por elementos sonoros que refletem a vida urbana da época, oferecendo um panorama da sociedade moderna em expansão e das dificuldades enfrentadas por mulheres artistas.
Com ‘Cyclone’, Luiza Mariani e Rita Piffer buscam não apenas contar a história de uma figura esquecida do Modernismo, mas também criar uma representação que dialogue com as questões contemporâneas sobre gênero e reconhecimento. A ausência de Oswald de Andrade no roteiro e a criação de um personagem fictício, Heitor Gamba, evidenciam a intenção de apresentar uma nova perspectiva sobre a vida e os desafios enfrentados por mulheres artistas da época. O filme promete gerar discussões sobre a visibilidade e o legado de figuras femininas na cultura brasileira.


