O Brasil está se posicionando como um protagonista na transição global para fontes de energia mais limpas, com especial ênfase nos biocombustíveis. Com uma matriz energética predominantemente renovável e décadas de experiência no uso do etanol, o país vislumbra uma oportunidade significativa para transformar seu agronegócio em um pilar da nova economia verde. A demanda crescente por biocombustíveis, como etanol e biodiesel, sinaliza um reposicionamento do Brasil no cenário energético mundial.
Durante o VEJA Fórum Agro, realizado em 24 de novembro, especialistas, incluindo o presidente da Bayer no Brasil, destacaram que 25 países planejam aumentar a produção de etanol em resposta às discussões na COP30, em Belém do Pará. O agronegócio brasileiro, com seu potencial para produzir biocombustíveis sem comprometer a segurança alimentar, ganha proeminência nesse contexto. Contudo, o crescimento da produção deve ser acompanhado de planejamento adequado para evitar desmatamentos e atender às metas de descarbonização estabelecidas no Acordo de Paris.
As implicações dessa transição são vastas e refletem um desafio global. A Agência Internacional de Energia Renovável alerta que será necessário dobrar o fornecimento global de bioenergia para atender às metas do Acordo de Paris até 2030. O Brasil, com sua vasta capacidade de produção agrícola e potencial de inovação no setor energético, enfrenta uma oportunidade única para liderar esse movimento, ao mesmo tempo em que deve lidar com questões de sustentabilidade e diversificação de sua matriz produtiva.