O Banco Central do Brasil anunciou, em Brasília, a desistência de regular o Pix Parcelado, uma modalidade que permite aos consumidores parcelar pagamentos instantâneos, mas que não apresenta um padrão claro de cobrança. Durante a reunião do Fórum Pix, realizada nesta quinta-feira (4), a decisão foi comunicada aos cerca de 300 participantes, que incluem membros do sistema financeiro e da sociedade civil. Além disso, o BC vetou o uso do nome ‘Pix Parcelado’, porém permitiu termos semelhantes, como ‘Pix no crédito’.
A falta de regras específicas para o Pix Parcelado levanta preocupações sobre a transparência e segurança das operações de crédito associadas a essa modalidade. Especialistas alertam que a ausência de padronização pode aumentar o risco de superendividamento, visto que cada banco pode definir suas próprias taxas e condições. O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) criticou a decisão, considerando-a uma falha grave que favorece abusos e desordem regulatória.
A incerteza sobre a fiscalização e a aplicação das novas diretrizes também é um ponto crítico, já que não há clareza sobre como o Banco Central monitorará a conformidade das instituições financeiras. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) manifestou apoio à regulação, mas negou ter pressionado pela suspensão das novas regras. A falta de regulamentação pode deixar os consumidores vulneráveis, especialmente em um contexto onde o endividamento é uma preocupação crescente.


