O Sindicato das Energias Renováveis da França, liderado por Jules Nyssen, solicita uma mobilização geral para acelerar a eletrificação do país. Em meio à incerteza política e à ausência de um marco claro para a política energética, Nyssen alerta que essa situação afasta investidores e compromete a transição energética. A necessidade de apoio público para sustentar o programa nuclear é um dos pontos centrais da discussão atual.
Nyssen destaca que a falta de uma Programação Plurianual de Energia (PPE) implica o fechamento de catorze reatores nucleares até 2035, o que pode agravar a situação energética do país. Ele questiona a percepção de que a França tem eletricidade demais, considerando que a recente descarbonização de 95% da produção de eletricidade não resolve os desafios de custo. A crítica se estende ao fato de que o preço de mercado da eletricidade não cobre os custos totais de produção, evidenciando a necessidade de suporte governamental.
A situação atual exige um debate sério sobre a estratégia energética da França, especialmente em um contexto onde a eletricidade se torna mais acessível. Com o preço médio de eletricidade em torno de 50 euros por megawatt-hora, Nyssen argumenta que a solução não está em culpar as energias renováveis, mas sim em garantir que qualquer adição de capacidade seja economicamente viável. Assim, a mobilização em favor da eletrificação pode ser um passo crucial para o futuro energético do país.