A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projetou que o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) alcançará R$ 52,6 bilhões em 2026, representando um aumento de 7% em relação a 2025. A proposta será analisada em uma reunião da diretoria da Aneel, agendada para o dia 9 de dezembro. Essa conta é crucial, pois é majoritariamente financiada pelos consumidores de energia e reflete as políticas públicas do setor elétrico.
A CDE atua como um ‘superfundo’ que subsidia diversas iniciativas no setor elétrico, incluindo apoio a fontes renováveis como a solar e a eólica. Para 2026, dos R$ 52,6 bilhões, R$ 47,8 bilhões serão pagos pelos consumidores através de encargos na conta de luz. O aumento no orçamento é atribuído principalmente à ampliação dos subsídios para projetos de energia renovável e à Tarifa Social, que oferece descontos para famílias de baixa renda.
Além disso, a Aneel indicou que o crescimento das despesas foi contrabalançado por uma redução nos subsídios ao carvão mineral e aos combustíveis fósseis. Essa mudança demonstra um movimento em direção a uma matriz energética mais sustentável no Brasil, embora continue a depender do financiamento dos consumidores. O desdobramento dessas decisões terá impactos diretos nas contas de luz e nas políticas energéticas do país nos próximos anos.