O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que qualquer tipo de apoio financeiro aos Correios, seja por meio de empréstimos ou aportes diretos do Tesouro Nacional, está condicionado à aprovação de um plano de recuperação. A declaração foi feita na quinta-feira (4), em resposta à crise financeira que a estatal enfrenta, acumulando um déficit de R$ 6,05 bilhões desde janeiro. Entre as causas apontadas pelo governo estão a perda de competitividade e problemas de gestão.
Haddad destacou que o Tesouro está avaliando diferentes alternativas para socorrer a empresa, mas qualquer movimentação ocorrerá dentro das regras do arcabouço fiscal. Ele também negou que a proposta de injeção de recursos esteja relacionada a flexibilizações fiscais, enfatizando que, se houver aporte, será respeitado o atual cenário fiscal. A exclusão de R$ 10 bilhões da meta fiscal das estatais no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 foi considerada uma ação preventiva para permitir essa margem de manobra.
Além disso, o Tesouro negou um pedido de empréstimo de R$ 20 bilhões feito pelos Correios, que enfrentavam taxas de juros elevadas. A recusa do financiamento, que seria concedido por cinco bancos, reforça a exigência de um plano de reestruturação sólido antes de qualquer socorro financeiro. O Ministério da Fazenda continua a avaliar as opções disponíveis e deve manter uma equipe dedicada ao tema nos próximos meses.


