O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou a ação penal referente ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018 no Rio de Janeiro. Na sua decisão, Moraes requisitou ao presidente da Primeira Turma da Corte, Flávio Dino, que defina uma data para o julgamento, que deve ocorrer em 2026 devido ao recesso judicial que se inicia no dia 19 deste mês.
O caso envolve diversos réus, incluindo políticos e membros das forças de segurança, que são acusados de participar do crime. Entre os réus estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e seu irmão, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão. Segundo investigações, a motivação do assassinato está ligada a conflitos políticos e interesses de milícias na cidade, conforme aponta a delação de um ex-policial envolvido no crime.
As repercussões do julgamento são amplas, uma vez que o assassinato de Marielle Franco gerou um clamor por justiça e revelou a complexa relação entre política e milícias no Rio de Janeiro. O Instituto Marielle Franco e outros grupos da sociedade civil pressionam por uma resposta contundente do sistema judicial. A decisão de Moraes é vista como um passo importante na busca por responsabilização dos envolvidos no crime, que continua a impactar a política e a sociedade brasileira.


