Os Estados Unidos aprovaram, na quinta-feira (4), a venda de mísseis ao Canadá, totalizando US$ 2,68 bilhões. O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, anunciou a decisão em meio ao aumento dos gastos com defesa, refletindo preocupações com a segurança e as incertezas nas relações com Washington. Este movimento é uma resposta às tensões geopolíticas, especialmente em relação à Rússia e ao papel da Otan na segurança regional.
O Departamento de Estado americano informou que o pacote inclui armas para ataques aéreos, como 3.414 bombas BLU-111 e 3.108 bombas GBU-39, além de mais de 5.000 kits JDAM. Essas aquisições visam melhorar a capacidade de defesa do Canadá, assegurando a interoperabilidade com as forças dos EUA e contribuindo para a defesa continental. Carney reiterou o compromisso do país em atingir a meta da Otan de gastar 2% do PIB em defesa, antecipando-se ao prazo estipulado.
A venda de mísseis representa uma mudança significativa na postura defensiva do Canadá, especialmente considerando as crescentes incertezas sobre o compromisso dos EUA com a segurança na região. O presidente americano, Donald Trump, tem questionado a eficácia da Otan, o que intensifica a necessidade canadense de reforçar sua defesa. Com este acordo, o Canadá se posiciona para enfrentar potenciais ameaças e garantir sua soberania em um cenário de instabilidade global.


