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Petrobras e Shell conquistam direitos no pré-sal com leilão milionário

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

Na quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, a Petrobras e a Shell arremataram direitos de produção em campos do pré-sal durante um leilão conduzido pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A Petrobras desembolsará R$ 6,97 bilhões para elevar sua participação nos reservatórios de Mero e Atapu, que agora se somam a um investimento total de R$ 8,8 bilhões em parceria com a Shell. Este movimento foi amplamente esperado pelo mercado, embora analistas acreditem que a estatal demonstrou um apetite maior do que o inicialmente projetado.

O aumento de participação da Petrobras em Mero, de 38,60% para 41,40%, e em Atapu, de 73,24%, é visto como uma estratégia para incrementar a produção, que pode chegar a 18 mil barris diários. Contudo, essa aquisição pode resultar em uma redução nos dividendos da empresa, com expectativas de queda no pagamento trimestral de US$ 2,3 bilhões para uma faixa entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão no quarto trimestre de 2025. A assinatura do contrato está prevista para março de 2026, com a efetivação da inclusão no consórcio operacional em março de 2027.

Analistas do JPMorgan e do Bradesco BBI destacam a aquisição como positiva, ressaltando a disciplina de capital da Petrobras ao não participar de outras áreas, como Tupi. A presença da Shell como parceira é vista como um fator que minimiza riscos, dado o conhecimento prévio da Petrobras sobre os reservatórios. Assim, embora o leilão tenha sido um sucesso, a empresa deve continuar a monitorar o cenário de preços do petróleo e suas implicações para futuras aquisições e dividendos.

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