Em 2024, o estado do Rio de Janeiro registrou 107 feminicídios, conforme dados da 20ª edição do Dossiê Mulher, publicado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Mais de 60% das vítimas foram mortas por companheiros ou ex-companheiros, refletindo um problema persistente de violência de gênero. Além disso, o estudo aponta que 71% das vítimas eram negras e muitas eram mães, evidenciando o impacto social desses crimes.
O aumento em relação aos 99 feminicídios registrados em 2023 ressalta a gravidade da situação. O dossiê também informa que 382 tentativas de feminicídio foram contabilizadas no mesmo período, com a maioria dos agressores sendo companheiros ou ex-companheiros das vítimas. Esses dados demonstram que, em muitos casos, o feminicídio é o desfecho de um ciclo de violência, onde 71% das vítimas já haviam sofrido agressões anteriormente, mas apenas uma fração formalizou denúncias.
Os dados do Dossiê Mulher não apenas expõem a escalada da violência contra as mulheres, mas também ressaltam a urgência de políticas públicas mais efetivas de proteção. A análise sugere que muitas vítimas não contaram com o suporte necessário para evitar a letalidade dos atos. Assim, o aumento das denúncias e a implementação de redes de acolhimento se tornam essenciais para enfrentar esse grave problema social.


