O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma alta de 0,1% no terceiro trimestre de 2025, um resultado que se alinha com as expectativas de analistas do mercado. Essa cifra alimenta discussões sobre possíveis cortes na taxa Selic, com especialistas divididos entre o início desses cortes em janeiro ou março de 2026.
André Valério, economista sênior, aponta que o crescimento do PIB reflete avanços em setores como o Agronegócio e a indústria, enquanto o consumo das famílias e os serviços apresentaram variações modestas. As estimativas para o crescimento do PIB nos próximos anos mostram uma desaceleração, com previsões que variam de 1,7% a 2,2% para 2026, em decorrência de uma política monetária mais restritiva e fatores fiscais.
Os economistas destacam que, para que o corte da Selic ocorra, será necessário observar um comprometimento do governo com questões fiscais, conforme reiterado pelo presidente do Banco Central. A expectativa é que, independentemente de quando o corte inicie, a Selic deve se estabilizar em torno de 12% ao ano até o final de 2026, refletindo um cenário de cautela em relação à economia brasileira.