O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento modesto de 0,1% no terceiro trimestre de 2025, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 4 de dezembro. Este resultado, o mais fraco desde o final de 2024, reflete a desaceleração dos serviços, que representam cerca de 70% da economia, e uma redução no consumo das famílias, que enfrentam um cenário de juros elevados e incertezas econômicas.
Além disso, a atividade econômica foi impactada pela taxa Selic, atualmente em 15%, que limita novos investimentos e o crédito. Apesar de a agropecuária ter apresentado um crescimento de 0,4% e a indústria um avanço de 0,8%, esses números não foram suficientes para compensar a fraqueza do setor de serviços. A formação bruta de capital fixo também mostrou sinais de recuperação, com um aumento de 0,9%, mas permanece abaixo dos níveis do início do ano.
As implicações desse desempenho econômico são significativas, uma vez que a desaceleração pode sinalizar dificuldades futuras para a recuperação sustentada. O consumo das famílias, apesar de um mercado de trabalho aquecido, continua a perder força, enquanto as exportações enfrentam incertezas devido a tarifas impostas pelos Estados Unidos. Com a próxima reunião do Banco Central, espera-se que a manutenção da taxa Selic continue, visando controlar a inflação e estabilizar a economia brasileira.


