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Jovens da CDU desafiam reformas previdenciárias do chanceler alemão

Laura Ferreira
Tempo: 2 min.

Em dezembro, o chanceler federal da Alemanha, Friedrich Merz, enfrenta um desafio significativo com uma ameaça de rebelião da Junge Union, a ala jovem da CDU. Cerca de 18 parlamentares da JU se opõem a um pacote de reformas previdenciárias, alegando que ele favorece excessivamente o parceiro de coalizão, o Partido Social-Democrata (SPD). Essa situação pode inviabilizar as propostas do governo, que conta com uma maioria parlamentar apenas de 12 votos.

A insatisfação com as reformas já se acumulava entre os jovens conservadores, que exigiram uma reavaliação do plano durante um encontro em novembro. O líder da bancada conservadora, Jens Spahn, buscou conter a rebelião, realizando reuniões informais com os parlamentares, embora a natureza dessas interações tenha gerado especulações sobre persuasão ou intimidação. Especialistas políticos alertam que a CDU subestimou a mobilização da JU, especialmente em questões que impactam diretamente a juventude.

A crescente contestação dentro das organizações juvenis reflete uma mudança nas dinâmicas políticas da Alemanha, onde partidos tradicionais tendem a se concentrar em eleitores mais velhos. Com a juventude se tornando mais assertiva, os líderes partidários enfrentam o desafio de equilibrar interesses divergentes. O futuro das reformas e da estabilidade do governo depende da habilidade de Merz e Spahn em gerenciar essa nova realidade política.

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