Uma investigação independente revelou que o presidente russo, Vladimir Putin, carrega a “responsabilidade moral” pela morte de uma britânica em 2018, decorrente do envenenamento do ex-espião Serguei Skripal. O caso, que envolveu a contaminação de Dawn Sturgess com a substância neurotóxica novichok, gerou um desdobramento diplomático significativo, com o Ministério das Relações Exteriores britânico convocando o embaixador russo e impondo sanções ao serviço de inteligência militar da Rússia.
Dawn Sturgess, de 44 anos, foi exposta ao veneno após utilizar um frasco que acreditava ser perfume, encontrado em um lixo. Este incidente ocorreu meses após o envenenamento de Skripal e sua filha, que sobreviveram ao ataque. As conclusões da investigação ressaltam a imprudência dos agentes do GRU, a inteligência militar russa, e a responsabilidade do governo russo em relação à segurança de cidadãos inocentes.
A morte de Sturgess provocou uma crise diplomática entre o Reino Unido e a Rússia, resultando em expulsões de diplomatas. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, enfatizou o impacto trágico do evento e a necessidade de responsabilização por parte do Kremlin. Até o momento, três agentes russos foram acusados e estão sujeitos a mandados de prisão, enquanto a Rússia nega qualquer envolvimento na morte da britânica.