O Ministério Público de Milão está conduzindo uma investigação sobre 13 proeminentes marcas de moda, incluindo Dolce & Gabbana, Versace, Prada e Gucci, devido a supostas práticas de exploração de trabalhadores. A solicitação de documentação foi feita após a identificação de irregularidades em galpões de empresas terceirizadas que utilizavam mão de obra chinesa. A investigação destaca a crescente preocupação com as condições de trabalho na indústria da moda italiana.
Além das marcas citadas, a investigação também abrange empresas como Adidas, Alexander McQueen e Yves Saint Laurent. A Procuradoria de Milão já havia realizado operações anteriores que resultaram na descoberta de produtos de luxo provenientes de práticas de trabalho irregular. Embora as grifes ainda não estejam formalmente sob investigação, elas foram instadas a apresentar informações sobre suas redes de fornecedores e auditorias internas para garantir o cumprimento das normas trabalhistas.
Com a crescente pressão sobre o setor, o governo da premiê Giorgia Meloni planeja criar uma agência para monitorar a legalidade em toda a cadeia produtiva da moda. Essa iniciativa busca restaurar a reputação da indústria, que, segundo o ministro das Empresas e do Made in Italy, Adolfo Urso, está “sob ataque”. A situação reflete uma necessidade urgente de reformas significativas para proteger os direitos dos trabalhadores no setor da moda na Itália.


