Entidades representativas dos caminhoneiros no Brasil declararam que não apoiam a greve nacional convocada para o dia 4 de dezembro, cujo objetivo é manifestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, preso desde 22 de novembro. A convocação foi liderada por um desembargador aposentado e pela União Brasileira dos Caminhoneiros, mas as principais federações do setor contestam a legitimidade do movimento.
A Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral (Fetrabens) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) afirmaram que não houve deliberação formal sobre a greve e criticaram a utilização da sigla da União Brasileira dos Caminhoneiros, que, segundo elas, carece de representatividade e formalidade. Ambas as entidades ressaltaram que observam apenas manifestações espontâneas e individuais de seus membros.
As federações expressaram preocupação com a possibilidade de a greve ser usada como um instrumento de mobilização política e classificaram a convocação como preocupante. Elas temem que ações assim possam afetar a estabilidade nacional, especialmente considerando que a paralisação busca pautas que incluem a anistia a Bolsonaro e a pessoas ligadas à invasão dos Três Poderes em janeiro de 2023.


