A Polícia Federal investiga um despacho assinado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que pode estar relacionado à atuação do Comando Vermelho na política estadual. O ato, publicado em uma edição extraordinária do Diário Oficial em setembro, ocorreu no mesmo dia em que um ex-deputado foi preso sob suspeita de envolvimento com a facção criminosa, levantando dúvidas sobre a integridade da administração estadual.
Fontes ligadas à investigação indicam que a exoneração de um secretário foi uma manobra para evitar que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) votasse sobre a prisão do ex-deputado, o que poderia expor ainda mais a relação do governo com a facção. A ação é vista como uma tentativa de preservar a imagem do governo e garantir apoio político, especialmente com as próximas eleições se aproximando.
As implicações dessa investigação são significativas, podendo afetar a continuidade do governo de Castro e suas relações com o Legislativo. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, já indicou que o trâmite realizado por Castro pode estar vinculado a interesses eleitorais, colocando em risco a confiança pública nas instituições do Estado e na luta contra o crime organizado.