A recente revisão tarifária da Sabesp, anunciada no início de dezembro, causou celebração no Palácio dos Bandeirantes. A nova tarifa, que será limitada à inflação acumulada de 6,11% e entrará em vigor em janeiro, resultou em um valor 15% inferior ao que seria praticado se a companhia continuasse sob controle estatal, conforme dados apresentados ao governo.
Nos bastidores do governo, destaca-se a relação entre os investimentos e os preços das tarifas. Após a privatização, a Sabesp viu um aumento de 151% nos aportes financeiros, enquanto a tarifa de referência foi fixada em R$ 6,76 por metro cúbico, contrastando com os R$ 7,51 projetados em um cenário estatal. Essa diferença é celebrada como um indicativo de sucesso da privatização da empresa.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) implementou um novo mecanismo que remunera a concessionária apenas pelos investimentos efetivamente realizados e auditados. Essa abordagem, discutida em reuniões internas desde o ano anterior, visa proteger o governo de críticas sobre o aumento das tarifas. Até o momento, a Sabesp se destacou como a única concessionária no Brasil a registrar uma redução nas tarifas residenciais em 2024, segundo a Global Water Intelligence.