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Certidão retificada traz alívio a famílias de vítimas da ditadura

Amanda Rocha
Tempo: 2 min.

Na quarta-feira, 3 de dezembro, a ex-lavradora Maria de Fátima Marinelli, de 68 anos, recebeu a certidão de óbito retificada de seu marido, Nativo da Natividade de Oliveira, assassinado em 1985 durante a ditadura militar no Brasil. O documento, que admite a responsabilidade do Estado pela morte, foi entregue em um evento no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, marcando um momento de grande emoção para a família e outras 27 que também receberam a certidão.

Nativo, que atuava como ativista e representante dos trabalhadores em Carmo do Rio Verde, Goiás, foi vítima de um assassinato motivado pela sua luta por direitos. A certidão descreve a morte como “não natural, violenta” e contextualiza as violações de direitos humanos ocorridas sob o regime militar. A entrega das certidões é vista como um passo significativo em direção à reparação histórica e à luta por justiça, conforme destacado por Maria de Fátima e pela ministra Macaé Evaristo.

As implicações desse ato são profundas, não apenas para as famílias que buscam reconhecimento e justiça, mas também para a sociedade brasileira, que deve manter viva a memória das violações do passado. A presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga, anunciou mais entregas de certidões no futuro, reafirmando o compromisso em honrar a memória dos que sofreram injustamente e garantir que tais eventos não sejam esquecidos.

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