Empresas brasileiras estão acelerando a distribuição de dividendos em resposta à nova legislação tributária. A Lei 15.270, que entrará em vigor em janeiro de 2026, estabelece uma tributação de 10% sobre lucros e dividendos. Para evitar essa taxação, as companhias, incluindo grandes nomes como Vale e Itaú, já começaram a convocar assembleias para aprovar a distribuição de lucros antes do prazo final, que se encerra às 23h59 do dia 31 de dezembro de 2025.
As projeções indicam que, ao longo deste ano, as empresas poderão distribuir até R$ 84 bilhões em dividendos, um recorde na história do mercado financeiro brasileiro. O movimento reflete tanto a pressão da nova tributação quanto um apetite crescente por parte das companhias em remunerar seus acionistas. Especialistas apontam que essa corrida pode ter implicações significativas para o mercado, influenciando as decisões de investimento e a saúde financeira das empresas a longo prazo.
À medida que as empresas se adaptam a essas novas regras, surgem preocupações sobre a sustentabilidade dos pagamentos futuros e o impacto no fluxo de caixa. A situação requer uma análise cuidadosa, pois a pressa em distribuir dividendos pode levar a estratégias financeiras arriscadas. Além disso, a possibilidade de alterações na legislação, como a aprovação de um projeto que amplia o prazo para a distribuição de lucros, pode ainda mudar o cenário atual.


