Na quarta-feira, 3 de dezembro, o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,3133, marcando a segunda queda consecutiva em relação ao real. Essa desvalorização é atribuída a dados negativos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que aumentaram as apostas de que o Federal Reserve reduzirá suas taxas de juros na próxima reunião. A mínima registrada foi de R$ 5,2992, o que representa o menor fechamento desde novembro do ano passado.
O economista-chefe de uma renomada instituição financeira analisa que a queda do dólar também reflete um ambiente propício para divisas emergentes. Ele destaca que, apesar das pressões externas, a resiliência da economia brasileira, evidenciada por números positivos na indústria e no emprego, pode contribuir para um comportamento mais estável da moeda local. A expectativa é que o Banco Central mantenha uma postura conservadora, o que levanta dúvidas sobre um possível corte da Selic no curto prazo.
Além do desempenho do dólar, a pesquisa ADP revelou uma perda inesperada de 32 mil vagas no setor privado americano em novembro, contrariando as expectativas de criação de novos postos. Este resultado pode impactar a decisão do Fed em sua próxima reunião, onde a possibilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros é considerada alta. A dinâmica do câmbio e as expectativas para os próximos meses permanecem atentas a esses fatores, especialmente com o fluxo cambial negativo registrado recentemente no Brasil.

