O Tesouro Nacional decidiu reprovar um empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios a um grupo de cinco instituições financeiras, entre elas Banco do Brasil e BTG Pactual. A operação foi aprovada pelo Conselho de Administração da estatal no último sábado, mas os juros exigidos, que chegaram a 136% do CDI, foram considerados excessivos e acima do limite estabelecido de 120%.
Com a decisão, comunicada ao presidente dos Correios em reunião no Ministério da Fazenda, o Tesouro não poderá fornecer garantias que cobrirão uma possível inadimplência. Essa reprovação complica ainda mais a situação financeira da estatal, que já enfrenta um prejuízo significativo de R$ 6,05 bilhões somente no ano atual. Os Correios agora têm a possibilidade de negociar uma taxa de até 120% do CDI ou aguardar um aporte direto do Tesouro para mitigar suas perdas.
Os Correios estão em um processo de reestruturação e têm buscado alternativas para garantir sua liquidez e sustentabilidade financeira. A empresa anunciou um plano que inclui demissão voluntária e fechamento de agências, com o objetivo de modernizar seus serviços e reverter a situação financeira adversa. A continuidade das negociações com os bancos será crucial para o futuro da estatal e sua capacidade de cumprir compromissos financeiros.

