O Tesouro Nacional decidiu não aprovar um empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios, citando juros considerados excessivos por parte do pool de cinco bancos envolvidos na operação. A decisão, comunicada ao presidente da estatal, Emmanoel Rondon, ocorreu na segunda-feira (2), após a aprovação do empréstimo pelo Conselho de Administração dos Correios no último sábado (29).
Os bancos que participaram da negociação pediam juros de 136% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), um valor superior ao limite estabelecido de 120% do CDI. Com a reprovação, o Tesouro não poderá oferecer garantias que cobrirão eventual inadimplência, o que aumenta os riscos para as instituições financeiras envolvidas. Os Correios, por sua vez, têm a opção de renegociar a taxa ou buscar um aporte direto do Tesouro para mitigar perdas financeiras acumuladas.
A estatal vem enfrentando dificuldades financeiras, acumulando um prejuízo de R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro de 2025. Desde outubro, a empresa negocia o empréstimo como parte de um plano de reestruturação que inclui a venda de ativos e fechamento de agências. A continuidade da operação dependerá de novas negociações que assegurem a viabilidade financeira dos Correios, fundamentais para a modernização de seus serviços.


