Germine Joly, líder de uma gangue haitiana, foi condenado à prisão perpétua nesta quarta-feira (3) pela Justiça dos Estados Unidos. Ele foi declarado culpado por um tribunal de Washington em maio por ordenar o sequestro de um grupo de missionários americanos e seus filhos em outubro de 2021, incluindo 16 americanos e um canadense.
A gangue 400 Mawozo, sob a liderança de Joly, exigiu um resgate de um milhão de dólares por refém, enquanto ele mesmo estava preso no Haiti desde 2015. Durante o sequestro, dois reféns foram liberados após o pagamento de um resgate, e os demais conseguiram escapar após dois meses em cativeiro. O caso evidencia a crescente violência e impunidade das organizações criminosas no Haiti, agravadas pela crise política que o país enfrenta.
A sentença de Joly representa um esforço das autoridades americanas para combater crimes internacionais e reforça a mensagem de que o uso de reféns como moeda de troca não será tolerado. O Haiti continua enfrentando desafios significativos, incluindo a falta de um governo estável e a escalada da violência das gangues, que já forçaram a renúncia de líderes políticos e a suspensão de eleições desde 2016.


