A recente decisão do ministro Gilmar Mendes, que restringe à Procuradoria-Geral da República o direito de apresentar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal, provocou reações contundentes entre senadores de Goiás. Essa medida altera o quórum necessário para análise e aprovação de processos no Senado, aumentando-o para 2/3, e é considerada uma tentativa de autoblindagem da Corte, segundo os parlamentares.
Os senadores Wilder Morais e Vanderlan Cardoso foram os principais críticos, argumentando que a decisão compromete a transparência institucional e altera unilateralmente um rito constitucional. Morais enfatizou a importância de preservar o equilíbrio entre os Poderes, enquanto Cardoso destacou que essa mudança fragiliza o controle democrático, limitando o direito dos cidadãos de apresentar denúncias contra ministros.
A decisão de Mendes gerou uma crise institucional e promete dominar a agenda política no Brasil. Parlamentares alertam que o movimento pode limitar o controle sobre ministros, concentrar poder na Procuradoria-Geral da República e retirar do cidadão um instrumento fundamental de participação democrática. Esse cenário pode intensificar a tensão entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nas próximas semanas.


