Rafael Tudares Bracho, genro do ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia, foi condenado a 30 anos de prisão pela justiça venezuelana, que classificou as acusações como ‘terrorismo’. A sentença foi considerada uma retaliação política por González Urrutia, que reivindica ter vencido as últimas eleições. A detenção de Tudares Bracho ocorreu em 7 de janeiro, quando ele foi abordado por homens encapuzados enquanto levava os filhos para a escola.
A família de Tudares Bracho denunciou seu ‘desaparecimento forçado’ e afirmou que o julgamento ocorreu em uma única audiência de mais de 12 horas, sem que a sentença fosse anunciada de imediato. Mariana González de Tudares, filha de González Urrutia, defende a inocência do marido, afirmando que ele não cometeu os crimes pelos quais foi acusado. A falta de resposta do Ministério Público sobre a decisão também levanta questões sobre a transparência do processo judicial.
González Urrutia qualificou a condenação como ‘sem fundamento jurídico’ e incompatível com a Constituição, ressaltando que se trata de uma medida para prejudicá-lo politicamente. Ele acredita que a decisão busca distorcer a vontade dos venezuelanos, expressa nas eleições de 2024. O caso destaca as tensões políticas na Venezuela, onde acusações de perseguições contra opositores são frequentes.


