O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, manifestou preocupação em relação à decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que restringe à Procuradoria-Geral da República a capacidade de denunciar e solicitar impeachment de magistrados. Alcolumbre classificou a medida como uma tentativa de usurpar as prerrogativas do Poder Legislativo e assegurou que não hesitará em defender os direitos estabelecidos na Constituição durante seu discurso no plenário da Casa.
A liminar, que será avaliada por outros ministros do STF a partir do dia 12, já gerou reações de senadores de diversos partidos. Parlamentares como Eduardo Girão e Sergio Moro criticaram a decisão, que segundo eles, enfraquece o papel do Senado e corrói o equilíbrio entre os Poderes. A insatisfação é generalizada, refletindo uma crescente tensão institucional que se intensifica desde a indicação de Jorge Messias ao STF pelo presidente Lula.
Especialistas analisam a decisão como um mecanismo que pode blindar os ministros do Supremo e transferir poder do Legislativo para o Ministério Público. Com a proposta de emenda à Constituição apresentada por membros da Câmara, busca-se restabelecer o direito de qualquer cidadão solicitar impeachment de integrantes do Judiciário. A situação evidencia um agravamento das relações entre o Senado e o STF, o que poderá repercutir em futuras decisões políticas e judiciais no país.


