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UE propõe financiar Ucrânia com ativos russos congelados

Sofia Castro
Tempo: 2 min.

A Comissão Europeia divulgou uma proposta para utilizar ativos russos congelados no exterior como meio de financiar os esforços de guerra da Ucrânia, apresentando a questão aos Estados-membros em 3 de dezembro de 2025. O plano pretende liberar 90 bilhões de euros das reservas de Moscou para atender a dois terços das necessidades financeiras de Kiev até 2027, diante do déficit orçamentário que o país enfrenta e que poderá torná-lo incapaz de operar a partir de 2026.

O projeto, considerado um “empréstimo de reparação”, gera controvérsia, especialmente na Bélgica, que possui a maior parte dos ativos, um total de 183 bilhões de euros. Autoridades belgas, incluindo o primeiro-ministro e o ministro das Relações Exteriores, manifestaram apreensão sobre a proposta, temendo que a utilização dos recursos possa ser interpretada como um confisco, resultando em processos judiciais e complicações legais. As discussões em torno da proposta também refletem tensões entre os Estados-membros da União Europeia, com a Bélgica se sentindo desconsiderada em suas preocupações.

As implicações dessa proposta são significativas, não apenas para o futuro financeiro da Ucrânia, mas também para as relações diplomáticas da União Europeia com a Rússia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfatizou a necessidade de fornecer a Kiev os meios para se defender e conduzir negociações de paz com força. A possibilidade de combinar as duas propostas apresentadas — a utilização dos ativos congelados e um empréstimo da União Europeia — ainda está em aberto, enquanto os representantes europeus buscam um consenso que satisfaça a todos.

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