Nesta quarta-feira, 3, Israel e Líbano enviaram representantes civis a um comitê militar que monitora o cessar-fogo entre os dois países. O encontro, que durou cerca de três horas, ocorreu na Linha Azul, a fronteira entre as nações, e busca avançar nas negociações para um acordo de paz, parte da iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Oriente Médio.
Desde a implementação da trégua em novembro do ano passado, as tensões aumentaram com a troca de acusações entre Israel e a milícia libanesa Hezbollah. O governo israelense exige o desarmamento total da milícia, que, por sua vez, rejeita qualquer negociação direta, considerando-a uma armadilha. O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, manifestou a disposição de permitir que o comitê verifique as acusações de fortalecimento militar do Hezbollah.
O Líbano, que enfrenta uma grave crise econômica e abriga cerca de um milhão de refugiados sírios e palestinos, vê o conflito em Gaza transbordar em seu território. O Hezbollah intensificou ataques a Israel em apoio aos palestinos, resultando em uma devastadora ofensiva israelense no sul do país. A participação dos representantes civis é considerada um passo importante para estabelecer um diálogo duradouro entre os dois lados.