Na quarta-feira (3), os ministérios da Saúde e da Fazenda assinaram um acordo para implementar iniciativas de prevenção ao vício em jogos de apostas eletrônicas, uma preocupação crescente no Brasil. A partir de 10 de dezembro, será lançada uma plataforma de autoexclusão, permitindo que os usuários solicitem bloqueio em sites de apostas e impeçam novos cadastros com seus CPFs. Essa medida visa proteger a saúde mental e financeira dos cidadãos afetados por essa prática cada vez mais comum.
Além da plataforma, o acordo estabelece a criação do Observatório Brasil Saúde e Apostas Eletrônicas, que servirá como um canal de troca de dados entre os ministérios, facilitando o acesso à ajuda no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde também lançou a Linha de Cuidado para orientar pessoas com problemas relacionados a jogos, incluindo atendimentos presenciais e online. A partir de fevereiro de 2026, o SUS oferecerá teleatendimentos focados em saúde mental, inicialmente com 450 atendimentos mensais, podendo ser ampliados conforme a demanda.
Durante o evento, o ministro da Fazenda destacou a falta de regulamentação das apostas durante a gestão anterior, ressaltando a necessidade de estabelecer regras claras para garantir um jogo responsável. Dados recentes indicam um aumento significativo nos atendimentos de pessoas com transtornos relacionados a jogos, evidenciando a urgência da situação. O novo programa busca não apenas oferecer suporte, mas também traçar perfis dos usuários para um atendimento mais eficaz e humanizado.


