Em 2024, o Brasil atingiu um marco histórico no emprego de idosos, com cerca de 8,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais inseridas no mercado de trabalho. Isso representa 24,4% dessa população, enquanto a taxa de desocupação entre os idosos caiu para 2,9%, conforme os dados do IBGE divulgados em 3 de dezembro de 2025. Este aumento significativo é registrado desde o início da série histórica em 2012.
O crescimento da ocupação entre os idosos é, em parte, atribuído à reforma da previdência de 2019, que incentivou muitos a permanecerem ativos por mais tempo. Além disso, a analista do IBGE, Denise Guichard Freire, destaca que a maior expectativa de vida também contribui para essa tendência. Entre os idosos, a maioria (51,1%) atua como autônomos ou empregadores, uma condição que é contrastante com a população geral, onde apenas 29,5% estão nessa situação.
Os dados revelam que, apesar do crescimento na média de rendimento mensal dos idosos, que é superior à média geral, a formalização ainda é um desafio, com apenas 44,3% dos idosos ocupados contribuindo para a previdência social. A análise dos dados sugere que, à medida que a população envelhece, a adaptação do mercado de trabalho e das políticas públicas será fundamental para garantir a dignidade e a segurança financeira dessa faixa etária.


