Decisão de Gilmar Mendes provoca revolta entre parlamentares de direita

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Na quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode solicitar o impeachment de ministros da Corte. Além disso, Mendes aumentou o quórum necessário para que um pedido de impeachment seja aceito no Senado, passando de um para dois terços dos senadores. A decisão gerou uma onda de indignação entre parlamentares de direita, que criticaram abertamente a medida nas redes sociais.

A decisão de Mendes ocorre em um contexto em que parlamentares têm buscado formas de contestar decisões judiciais que consideram desfavoráveis. Nos últimos anos, diversos pedidos de impeachment contra ministros, especialmente direcionados a Alexandre de Moraes, foram acumulados sem progresso no Senado. Além disso, a proposta de emenda à Constituição proposta por alguns deputados visa restaurar a autonomia do Senado e limitar a interferência judicial nos processos de impeachment, revelando a urgência da questão no cenário político atual.

As reações à decisão de Mendes refletem um clima de crescente polarização no Brasil, com parlamentares afirmando que a medida pode comprometer a separação de poderes e a democracia. Com as eleições de 2026 se aproximando, a direita busca consolidar sua influência no Senado, o que poderia reverter a situação atual e facilitar a apresentação de novos pedidos de impeachment. A tensão entre os poderes legislativo e judiciário continua a ser um tema central no debate político brasileiro.

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