Nesta quarta-feira (3), o Ministério da Justiça anunciou a demissão de Anderson Torres e Alexandre Ramagem de seus cargos na Polícia Federal, em cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, após o encerramento do prazo para novos recursos nas condenações de ambos, que foram implicados em uma suposta trama golpista em 2022.
A portaria que formaliza a demissão dos delegados também registra a rejeição dos últimos embargos apresentados por suas defesas, impossibilitando contestação adicional. Com isso, as penas devem ser cumpridas em regime fechado, conforme estipulado pela legislação penal brasileira. O ex-deputado Ramagem, além de perder seu cargo, é considerado foragido e pode ter seu mandato parlamentar cassado.
A decisão impacta diretamente a esfera política, uma vez que Ramagem terá seu nome incluído no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões e a Câmara dos Deputados será notificada da perda de seu mandato. O Tribunal Superior Eleitoral também será informado para registrar a inelegibilidade, uma consequência da condenação, segundo a Lei da Ficha Limpa. Essas ações refletem a continuidade do enfrentamento a abusos de poder e corrupção no país.

