A recente disputa entre integrantes da família Bolsonaro, especialmente as críticas direcionadas a Michelle Bolsonaro, expõe as fragilidades do campo da direita no Brasil. O cientista político Cristiano Noronha ressalta que este não é um conflito simples, mas um indício das dificuldades em administrar lideranças e prioridades políticas à medida que se aproxima o calendário eleitoral de 2026.
Noronha observa que a tensão interna é agravada por questionamentos sobre o papel dos filhos de Jair Bolsonaro na política e a relação do grupo com o governador Tarcísio de Freitas. Essas discordâncias, comuns entre os bolsonaristas, podem intensificar-se na medida em que se definem alianças para as eleições, o que gera um alerta para a necessidade de um gerenciamento cuidadoso das críticas e das relações familiares.
O governo observa essa divisão com interesse, enquanto o PL, sob a liderança de Valdemar Costa Neto, convoca reuniões para mitigar os conflitos internos. A força política de Michelle, especialmente entre os evangélicos, pode ser um trunfo, mas se as críticas não forem administradas adequadamente, podem trazer riscos significativos tanto para a imagem da família quanto para a candidatura de Jair Bolsonaro em 2026.