C.J. Farley alerta sobre os riscos da crescente presença da música gerada por inteligência artificial, que pode ameaçar a autenticidade dos músicos humanos. Recentemente, atos como Xania Monet e Breaking Rust conquistaram espaço nas paradas da Billboard, levantando questões sobre a qualidade e a origem da música que ouvimos. A possibilidade de os seres humanos começarem a ecoar os sons gerados por máquinas é alarmante e sugere uma espiral descendente na indústria musical.
O autor ressalta que a produção musical assistida por IA pode ser vista como uma solução conveniente para os desafios que artistas humanos enfrentam, como comportamentos temperamentais e a necessidade de manutenção de imagem. No entanto, uma pesquisa revelou que 97% das pessoas não conseguem distinguir se uma canção foi criada por humanos ou máquinas, o que pode levar a um cenário em que a música humana perde seu valor. Farley propõe que a indústria musical deve parar de referir-se a lançamentos de IA como artistas, tratando-os como produtos, a fim de preservar a verdadeira essência da arte musical.
Para evitar que a criatividade humana seja eclipsada, é crucial que artistas, fãs e executivos da indústria reflitam sobre o papel da IA na música. O músico australiano Nick Cave também argumenta que a criatividade requer esforço e experiência, algo que a IA não possui. Se a indústria não estabelecer limites e garantir compensação justa para os artistas, o futuro da música poderá se tornar uma repetição sem fim de obras passadas, tornando-se uma mera sombra do que foi um dia.

