A ex-chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, foi acusada de corrupção na quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, pela Procuradoria Europeia. A investigação apura irregularidades no uso de fundos europeus, envolvendo também outros dois suspeitos, incluindo um funcionário da Comissão Europeia e o diretor adjunto do Colégio da Europa, instituição que Mogherini dirige atualmente. Todos os três foram detidos em Bruxelas, mas liberados posteriormente por não apresentarem risco de fuga.
As acusações decorrem de uma investigação sobre a possível fraude na atribuição de um contrato de formação de futuros diplomatas ao Colégio da Europa. As autoridades buscam esclarecer se houve favorecimento e concorrência desleal no processo de seleção, além de verificar se o Colégio foi previamente informado sobre os critérios de seleção. O Colégio da Europa, que forma muitos funcionários europeus, confirmou as buscas em suas instalações e se comprometeu a colaborar com as investigações.
A Procuradoria Europeia, criada em 2021, tem como missão combater fraudes aos fundos da UE e levar à Justiça os responsáveis por infrações. As acusações levantam preocupações sobre a integridade das instituições europeias e poderão ter repercussões significativas na carreira de Mogherini, que já foi uma figura proeminente na política externa da UE. O caso continua a ser monitorado de perto enquanto as investigações avançam.


